Netflix: O Mundo sombrio de Sabrina - Ok, até é sombrio, mas ainda é adolescente... - Crítica sem spoiler!


Olá, olá Nerds! Maratonamos a nova série da Netflix: O Mundo Sombrio de Sabrina! Essa série é uma "homenagem" e uma visão alternativa da obra dos anos 90, que passou na TV Brasileira da bruxinha adolescente Sabrina: A Aprendiz de Feiticeira.

Diferentemente da obra dos anos 90, que era voltada para a comédia e tinha bastante situações de confusão causada pela própria protagonista, a nova versão se propõe a trazer o lado negro e sombrio de ser uma bruxa, então a série trás muitos elementos ocultistas e satânicos e o excesso de linguajar profano pode chocar os mais conservadores. Além de, diferentemente da série anterior, trazer situações que foram provocadas por terceiros e Sabrina tem que resolver.

Os elementos ocultistas inseridos nesta série poderiam enriquecer a trama, mas na verdade só irritam, poderiam tranquilamente ser eliminados que não fariam a menor diferença. O excesso de menção a satã é enfadonho e desnecessário e parece que o clima sombrio se resume a apenas esses dois pontos.

Vários clichês da história do cinema foram utilizados, mas não tiveram nem 10% do impacto que deveria gerar, há várias referências de histórias clássicas do terror como La Llorona (ou Bela da Meia-Noite), Pet Sematary (Cemitério Maldito) e essas cenas não causam nem susto! Não há um jump scare sequer! (E olha que odeio jump scares). O terror suave desta obra mostra que ela foi feita pensada no público adolescente. Além disso ainda encontram tempo para desenvolver um romance envolvendo Sabrina e ainda fala sobre coisas atuais, como veremos logo mais.



A atuação é desapontante, exceção feita a Kiernan Shipka, que interpreta Sabrina e Lucy Davis que interpreta a tia "legal" Hilda Spellman, os demais, péssimos... O CG é igualmente triste, efeitos visuais feitos em casa no After Effects. Os clichês de bruxa sequer apareceram, então nada de voo em vassouras, ou caldeirões, chapéus pontudos etc. O roteiro é cheio de falhas e boa parte dos furos é fechado com uma quantidade impressionante de Deus Ex-Machina.

A série aborda algumas questões interessantes como o machismo e a homofobia e mostra a luta e as dificuldades diárias que as mulheres sofrem, mas isso é tão secundário na trama que, por mais que seja um ponto positivo, acaba não dando o impacto e importância que esses temas merecem.

O Mundo Sombrio de Sabrina é esquecível, que causou um hype alto por trazer aquela nostalgia, mas não faz jus a série dos anos 90 (que já é ruinzinha, diga-se de passagem).

Se o Debate Nerd recomenda? Não, se quiser assistir, é por sua conta e risco.



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