Hereditário - O Terror sem ser óbvio - Crítica sem Spoiler


Como prometido, segue  a crítica do filme Hereditário, abaixo a sinopse oficial do filme:

"Em “Hereditário” uma simples tragédia familiar se transforma em algo profundamente sinistro. Quando Ellen, a matriarca da família Graham, morre, sua filha e seus descendentes começam a descobrir enigmas e segredos cada vez mais aterrorizantes. Quanto mais eles descobrem, mais eles tentam escapar do destino sinistro que parecem ter herdado.
Estreia cinematográfica do diretor e roteirista Ari Aster, “Hereditário” teve seu lançamento mundial no Festival Sundance de Cinema, onde foi recebido como o mais aterrorizante filme dos últimos tempos. No elenco: Toni Collette, Gabriel Byrne, Alex Wolff e Milly Shapiro.

 O filme tem distribuição da Diamond Films e estreia no Brasil em 21 de junho."

Geralmente eu não me assusto e nem tenho medo de filmes de terror. Com "Hereditário" isso não mudou,(pelo menos não até os momentos finais). Com um roteiro nada óbvio o filme está sendo aclamado pela critica internacional, que chegou até a anuncia-lo como novo Exorcista, ele alcançou uma ótima bilheteria na primeira semana de estreia nos EUA, mas as notas dadas pelos telespectadores indicam que a arrecadação nas semanas seguintes não acompanhará o sucesso da estréia.

Dizer que o filme é o novo Exorcista, é demais.Não dá pra comparar um com o outro, até porque em "O Exorcista" ,o suspense e o medo estão presentes do início ao fim , o que não encontramos em "Hereditário". Também o estão comparando com o filme" A Bruxa" ( aí sim eu concordo),os dois tem a estrutura bem parecidas, com quase nenhum Jump Scare, (a diferença que não gostei de "A Bruxa", mas gostei de "Hereditário"), justamente porque eu não cheguei nem perto de descobrir o final do filme, pois como eu disse, ele não é óbvio (e dentro do possível), para o gênero, foge dos clichês.


Já vou avisando: se você é muito sensível e não tem estômago forte, ou não dorme a noite, não assista. O filme contém cenas muito fortes no segundo e terceiro atos, bem chocantes. Mas, se você gosta de sentir aquele friozinho na barriga ou se como eu, não se impressiona facilmente,  eu recomendo.

A trama inicia em ritmo lento, quase parado, mas aos poucos ele vai nos envolvendo de uma forma que conseguimos até sentir a dor e o desespero da protagonista Annie Graham, interpretada por Toni Colete (Pequena Miss Sunchine/Sexto Sentido), que ,diga-se de passagem, deu um show de interpretaçã, (em alguns momentos o desespero dela era tão real que parecia ser palpável).



Outra atriz(que eu não conhecia), mas, que foi sensacional,foi a atriz Milly Shapiro (mais conhecida na Brodway). No papel de Charlie, ela atuou brilhantemente,mesmo sem falar muito, só com suas expressões faciais, olhar e o estalo que fazia com a boca, transmitiu aquela sensação de incomodo e em alguns momentos medo).

 O elenco principal também conta com Gabriel Byrne (Vikings - 1 temporada) no papel Steve o abnegado e passivo marido de Annie, além de Alex Woof como Peter, filho mais velho do casal, que tem um relacionamento turbulento com a mãe, e é esse personagem devemos dar bastante atenção.

A pergunta que não quer calar é: Vocês recomendam o filme? Eu respondo que sim, dê uma chance, e se abra para o novo, mas se você realmente gosta daquele filme de terror "mais padrão" com muito jump scare, então eu acredito que você não irá gostar.

Curiosidades:

A nota do filme está em 92% no Rotten Tomatoes



Sobre a autora:
Fernanda:
"O amor de uma mãe por seu filho, é algo tão extraordinário, que não existem barreiras. Ele transpassa o tempo e o espaço, e alcança a eternidade."

Sou esposa de Nerd, mãe, filha, amiga. Sou uma leitora ávida (ja cheguei a ler mais de 200 livros em um ano), gosto de séries e filmes, em geral, sem segmentação. Atualmente meu repertório conta com clássicos como Galinha Pintadinha e Bob Zoom (rs), mas dentre meus preferidos estão Breakfast at Tiffany's, Uma linda mulher, Gata em Teto de Zinco Quente, Gray's Anatomy.

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